sexta-feira, 30 de abril de 2010

Os melhores momentos da vida não ficam registrados nas fotos.
Obviamente, elas nos conduzem a viagens inesquecíveis, a pessoas queridas, a épocas antigas, a saudades, a amores.
Fotos revivem emoções muitas vezes adormecidas em nós, mas aquele momento em que você sentiu dor na barriga de tanto rir, ou aquela grande surpresa, ou aquele abraço antes de dormir... esses eu asseguro que não estão guardados dentro de nenhum álbum.
Fotos são a segurança de que você consiguirá recriar aqueles momentos e reviver aquelas emoções mesmo quando a memória começar a falhar. As fotos são a certeza de que certos momentos serão imortalizados, mesmos que os mais especiais consigam escapar de qualquer flash.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Poderia ter sido perfeito, não foi.
Poderia ter sido de tantas outras formas que ela sonhou, igualmente perfeitas, mas a vida sempre se encarrega de dar seu brilhante toque final.
Ao invés de ponto, reticências.
Malditas reticências, tanto a incomodavam.
Para ela era inaceitável perder o controle das situações e aceitar os desvios propositais do cotidiano. Dou-lhe razão.
Infinitas possibilidades alternando-se aleatoriamente a caminho de um ponto comum. A possibilidade que menos lhe agradava geralmente prevalecia. Seria assim com todos?
Mas não era do tipo que tinha grandes pretensões. Apenas gostava de gritar a própria felicidade aos 4 ventos. Aprendeu que não podia.
Chegou a ponto de ter medo de seus próprios pensamentos. Eram tão frios quanto ela, inseguros como ela aprendeu a ser. E era exatamente esse o seu tom: misturava essa felicidade e esse abismo de uma forma inigualável. Ora caia, ora flutuava: isso ela sabia muito bem, levantava e seguia dona de si.
Mas voltando as reticências... entristecia-se por não poder escrever o fim de suas histórias.
Encaixava os personagens com cuidado em seus papéis, ensaiava as falas e fazia acontecer cada cena, construía um epílogo, enchia cada capítulo de sentimentos, conquistava uma platéia ansiosa e a conclusão... a conclusão nunca era dela.
Isso era papel de um desavisado qualquer que cruzava a sua história, de um equívoco literário ou de um acaso da vida. Mas ela não aceitava. Lançava mão das malditas reticências e esperava pacientemente o dia de construir o seu final...
*Escrevi este texto em 27/04/2007 (o tempo voa), mas tenho um carinho especial por ele... assim como por alguns outros que escrevi naquela época.
Hoje me faltam palavras.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Hoje meu texto passará por um pouco de tudo. Meio assim como o meu humor, que anda levitando rapidamente por todos os estados possíveis. Nem TPM é.
Acho que é a falta de ânimo e a introspecção que o frio naturalmente traz... oscilo de um ânimo total até a vontade de me juntar a um grupo de ursos ou coisa qualquer que hiberne por 6 meses, no mínimo. Há os que chamem isso de bipolaridade.
O fato é que Wall Street não anda conspirando a meu favor, enfim.
Primeiro: anuncio que @Carpinejar tem sido um ótimo companheiro nesse período de "auto-isolamento e reciclagem profissional". Não que nos conheçamos, mas a genialidade das suas crônicas andam alegrando o meu dia.
Falando nisso, acabo de perceber que ando meio "Manual de auto-ajuda". Sabe aquela época que tudo tem a ver, tudo parece que foi escrito pra gente e tudo pode virar conselho e reflexão? De Caio Fernando Abreu ao Horóscopo da Revista Nova.
Segundo: ainda não comecei, mas tem um livro novo com uma cara ótima na minha estante - The Jane Austen Book Club - romancezinho americano, The New York Times Bestseller, como trocentos outros por aí, mas parece ser engraçadinho. Dizer que é ótimo seria demais, engraçadinho já me apetece.
Terceiro: Tem uma série de exposições e programas culturais em Porto Alegre me despertando a curiosidade. Semana que vem reservo um tempinho para conferir FestFotoPoa, no Santander Culural. Sempre quis saber fotografar dignamente, não antes de aprender a tocar gaita de boca e velejar, obviamente.
Por falar em velejar, Amir Klink anda me dando aquele desejo de "pé na estrada" que nunca sai de mim. Principalmente pelas sapatilhas que já foram muito úteis na época de garçonete na África do Sul e que agora estão tomando sol na minha janela.
Sábado tem o primeira programa da nova série da RBS (que eu não lembro o nome agora) e que retrata a vida de 5 gaúchos fora do Brasil: Índia. Só porque eu sonho em passar 1 mês de reclusão na Índia (mais do que fotografar dignamente, tocar gaita de boca e velejar, juntos).
Por último: expresso minha indignação pelas vizinhas inconvenientes que pularam o muro, me acordaram e, não satisfeitas, fizeram a faxina da vida no pátio. Assim, sem a menor autorização e cerimônia. E não pensem vocês que o pátio tava tão sujo assim.
Ainda pego essas vizinhas por aí...
*Texto desencontrado e sem uma ordem lógica, assim como eu no presente momento.

quarta-feira, 24 de março de 2010

O processo de naming.

Hoje, lendo um livro de Marketing, cheguei a uma constatação meio que irritante: ao invés de "dar nome à marca" o livro trazia "processo de naming", ao invés de "criar um posicionamento" o livro trazia "elaborar o positioning" e uns tantos outros exemplos do mesmo. Visto a qualidade do livro, fico me perguntando se hoje em dia o bom comunicador é aquele que sabe empregar o máximo de expressões rebuscadas para processos corriqueiros e impressionar a audiência através do seu "vasto" conhecimento. Na minha época, os melhores eram aqueles que chegavam a soluções criativas e adequadas a realidade de mercado. Estou falando alguma besteira?

terça-feira, 23 de março de 2010

Pressa.

Pressa. Descobri que minha grande inimiga é a pressa. Pressa de viver, pressa de realizar, pressa de chegar rápido ao objetivo, ignorando, por vezes, o caminho todo.
A grande genialidade das conquistas é o caminho em si, não necessariamente a vitória final. Mais ou menos como uma viagem, a maior parte da paisagem está no decorrer da estrada, não necessariamente no destino.
De que adianta ter pressa pra tudo se não houver prazer nos pequenos detalhes do dia-a-dia?
Sempre fui uma apreciadora dos pequenos prazeres da vida, algo meio “Amelie Poulain”: perceber felicidades nas amenidades cotidianas. Mas acabei me perdendo no meio dos meus objetivos e perdendo, junto, essa grande qualidade.
Agora, no meu período de “auto-isolamento e reciclagem profissional” percebi que nada adianta. Verifiquei o real peso de ter 22 anos e muito tempo para pensar, decidir, ir com calma e, como eu já disse anteriormente, experimentar sem culpa.
Bom, eu gostaria de escrever bem mais sobre isso e me dedicar com um pouco mais de calma à esse post, mas, infelizmente e por mais irônico que seja, hoje eu estou com pressa.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O início de tudo.

Hoje dei início ao “período de Incubação”, o qual já mencionei no Twitter: semana de reunir o máximo de informações possíveis e, efetivamente, botar em prática todas as muitas idéias que estão borbulhando.

Acordei cedo e me cerquei de todos os meios que poderiam ser úteis: jornal, blogs, Twitter, livros de Marketing, anúncios de cursos... qualquer coisa que pudesse dar um sentido a esse período de “auto-isolamento e reciclagem profissional” (prefiro chamar assim o período de 2 meses desde que sai do meu último emprego).

Durante minha busca, dei de cara com “As mortas da Perestroika”, uma espécie de manual do estagiário de publicidade, com dicas bem bacanas e disponível para download no site da Escola (www.perestroika.com.br). Devorei inteiro em uma manhã.

Ok, não posso mais ser estagiária, não me formei em publicidade, nunca estudei na Perestroika (mas já analiso o orçamento para mudar essa realidade), não almejo nenhuma vaga no departamento de Direção de Arte ou Criação. E o que eu tenho a ver com isso, então?

A idéia é absorver de cada material o máximo de informações úteis possíveis, aquela partezinha que diz respeito a você e aos seus interesses, afinal, conhecimento e boas dicas não ocupam espaço e nunca são demais.

Por mais que eu, definitivamente, não me enquadre no público alvo para o qual o livro foi escrito, foi de grande utilidade. Não encontrei nenhuma fórmula mágica, mas sim, fontes de insights, motivação para reverter o jogo e sair à luta.

Sempre soube que o emprego dos sonhos não ia cair do céu e ninguém iria bater na porta aqui de casa com uma super proposta, mas às vezes falta um pouco de inspiração, de motivação.

Me formei, fiz tudo direitinho: estágios, ótimos projetos acadêmicos, uma monografia com nota máxima. Botei o pé no mundo e fui em busca de novas experiências: meio ano na África do Sul. Cheguei ao Brasil e ingressei no mercado de trabalho: frustração. O mundo corporativo não é aquele que te ensinam nas aulas de Relações Públicas. E agora, faz o que?

Não sei bem ainda. Eu, humildemente, vou definir exatamente o que eu estou procurando. Botar em prática aquele papo de fazer um planejamento de carreira, buscar cursos e experiências que suportem minhas idéias. Aliás, experiência é uma palavra-chave, em todos os sentidos e para todos os usos. Vou botar em prática, também, a antiga vontade de escrever mais (140 caracteres não expressam grandes idéias). Vou continuar freqüentando as palestras legais, os encontros legais, lendo livros legais e me cercando do máximo de informação possível... Daqui a pouco eu encontro o meu caminho.