quarta-feira, 24 de março de 2010

O processo de naming.

Hoje, lendo um livro de Marketing, cheguei a uma constatação meio que irritante: ao invés de "dar nome à marca" o livro trazia "processo de naming", ao invés de "criar um posicionamento" o livro trazia "elaborar o positioning" e uns tantos outros exemplos do mesmo. Visto a qualidade do livro, fico me perguntando se hoje em dia o bom comunicador é aquele que sabe empregar o máximo de expressões rebuscadas para processos corriqueiros e impressionar a audiência através do seu "vasto" conhecimento. Na minha época, os melhores eram aqueles que chegavam a soluções criativas e adequadas a realidade de mercado. Estou falando alguma besteira?

terça-feira, 23 de março de 2010

Pressa.

Pressa. Descobri que minha grande inimiga é a pressa. Pressa de viver, pressa de realizar, pressa de chegar rápido ao objetivo, ignorando, por vezes, o caminho todo.
A grande genialidade das conquistas é o caminho em si, não necessariamente a vitória final. Mais ou menos como uma viagem, a maior parte da paisagem está no decorrer da estrada, não necessariamente no destino.
De que adianta ter pressa pra tudo se não houver prazer nos pequenos detalhes do dia-a-dia?
Sempre fui uma apreciadora dos pequenos prazeres da vida, algo meio “Amelie Poulain”: perceber felicidades nas amenidades cotidianas. Mas acabei me perdendo no meio dos meus objetivos e perdendo, junto, essa grande qualidade.
Agora, no meu período de “auto-isolamento e reciclagem profissional” percebi que nada adianta. Verifiquei o real peso de ter 22 anos e muito tempo para pensar, decidir, ir com calma e, como eu já disse anteriormente, experimentar sem culpa.
Bom, eu gostaria de escrever bem mais sobre isso e me dedicar com um pouco mais de calma à esse post, mas, infelizmente e por mais irônico que seja, hoje eu estou com pressa.

segunda-feira, 22 de março de 2010

O início de tudo.

Hoje dei início ao “período de Incubação”, o qual já mencionei no Twitter: semana de reunir o máximo de informações possíveis e, efetivamente, botar em prática todas as muitas idéias que estão borbulhando.

Acordei cedo e me cerquei de todos os meios que poderiam ser úteis: jornal, blogs, Twitter, livros de Marketing, anúncios de cursos... qualquer coisa que pudesse dar um sentido a esse período de “auto-isolamento e reciclagem profissional” (prefiro chamar assim o período de 2 meses desde que sai do meu último emprego).

Durante minha busca, dei de cara com “As mortas da Perestroika”, uma espécie de manual do estagiário de publicidade, com dicas bem bacanas e disponível para download no site da Escola (www.perestroika.com.br). Devorei inteiro em uma manhã.

Ok, não posso mais ser estagiária, não me formei em publicidade, nunca estudei na Perestroika (mas já analiso o orçamento para mudar essa realidade), não almejo nenhuma vaga no departamento de Direção de Arte ou Criação. E o que eu tenho a ver com isso, então?

A idéia é absorver de cada material o máximo de informações úteis possíveis, aquela partezinha que diz respeito a você e aos seus interesses, afinal, conhecimento e boas dicas não ocupam espaço e nunca são demais.

Por mais que eu, definitivamente, não me enquadre no público alvo para o qual o livro foi escrito, foi de grande utilidade. Não encontrei nenhuma fórmula mágica, mas sim, fontes de insights, motivação para reverter o jogo e sair à luta.

Sempre soube que o emprego dos sonhos não ia cair do céu e ninguém iria bater na porta aqui de casa com uma super proposta, mas às vezes falta um pouco de inspiração, de motivação.

Me formei, fiz tudo direitinho: estágios, ótimos projetos acadêmicos, uma monografia com nota máxima. Botei o pé no mundo e fui em busca de novas experiências: meio ano na África do Sul. Cheguei ao Brasil e ingressei no mercado de trabalho: frustração. O mundo corporativo não é aquele que te ensinam nas aulas de Relações Públicas. E agora, faz o que?

Não sei bem ainda. Eu, humildemente, vou definir exatamente o que eu estou procurando. Botar em prática aquele papo de fazer um planejamento de carreira, buscar cursos e experiências que suportem minhas idéias. Aliás, experiência é uma palavra-chave, em todos os sentidos e para todos os usos. Vou botar em prática, também, a antiga vontade de escrever mais (140 caracteres não expressam grandes idéias). Vou continuar freqüentando as palestras legais, os encontros legais, lendo livros legais e me cercando do máximo de informação possível... Daqui a pouco eu encontro o meu caminho.